O UNFPA, Fundo de População das Nações Unidas, lamenta a decisão dos Estados Unidos de negar qualquer financiamento para nosso trabalho que salva vidas em todo o mundo. Esta decisão baseia-se na afirmação errônea de que o UNFPA “apóia ou participa na gestão de um programa de aborto coercivo ou esterilização involuntária” na China. O UNFPA refuta esta afirmação, uma vez que todo o seu trabalho promove os direitos humanos dos indivíduos e dos casais para tomarem as suas próprias decisões, livres de coerção ou de discriminação. De fato, os Estados-Membros das Nações Unidas há muito descrevem o trabalho do UNFPA na China corno uma forca para o bem.
Os Estados Unidos, um dos nossos membros fundadores, têm sido por muito tempo parceiros do UNFPA no trabalho de proteger e promover a saúde reprodutiva e os direitos das mulheres e meninas, com a finalidade de melhorar sua saúde e a saúde de suas famílias.
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O apoio que recebemos ao longo dos anos do Governo e do povo dos Estados Unidos contribuiu para salvar dezenas de milhares de mães de mortes e incapacidades evitáveis, especialmente agora nas crises humanitárias globais que estão se desenvolvendo rapidamente. Com contribuições anteriores dos Estados Unidos, o UNFPA estava combatendo a violência baseada no gênero e reduzindo o flagelo das mortes maternas nos locais mais frágeis do mundo, em áreas de conflito e desastres naturais, incluindo o Iraque, Nepal, Sudão, Síria, Filipinas, Ucrânia e Iêmen.
Nós sempre consideramos os Estados Unidos como um parceiro de confiança e um líder em ajudar a garantir que toda gravidez seja desejada, todo parto seja seguro e cada jovem alcance seu potencial. Esperamos, portanto, poder continuar o nosso trabalho com os Estados Unidos para abordar estas preocupações globais e restaurar a nossa forte parceria para salvar as vidas de mulheres e meninas no âmbito dos objetivos globais de desenvolvimento, sem deixar ninguém para trás.