(Folha de S. Paulo| 15/03/2022 | Por Isabella Menon)
Papel higiênico, panos e toalhas de papel são os itens mais usados entre as mulheres que tiveram que adaptar produtos de higiene menstrual para conter o fluxo. No país, 77% das mulheres com 16 anos ou mais dizem que já passaram por essa situação.
O que motivou o uso de itens alternativos está diretamente relacionado à classe social. Enquanto para mulheres das classes A e B o esquecimento é a principal razão (83%), para as das D e E a falta de dinheiro (55%) é o fator determinante para isso.
Os dados estão na pesquisa “As Brasileiras e a Pobreza Menstrual”, divulgada nesta terça-feira (15). Realizado pelo Instituto Locomotiva e encomendada pela Always, o trabalho analisou a relação das brasileiras com a menstruação e o problema estrutural da pobreza menstrual. A pesquisa foi dividida em dois momentos. Para a etapa qualitativa, foram realizadas rodas de discussão de uma hora e 30 minutos sobre o assunto com 24 mulheres de 16 a 39 anos das classes C e D.