(Ceert, 29/10/2014) Lançamento será em 29 de outubro, às 19h45, no SESC Belenzinho, em São Paulo e as inscrições podem ser feitas de 3 de novembro de 2014 a 31 de março de 2015
Identificar, apoiar e disseminar práticas pedagógicas e de gestão desenvolvidas em escolas quilombolas ou que atendam crianças dos territórios quilombolas e valorizar a história da mulher, especialmente africana, afro-brasileira e indígena são dos dois grandes desafios da edição deste ano do Prêmio Educar para a Igualdade Racial e de Gênero, realizado pelo CEERT – Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades.
As novas orientações implementadas nesta 7ª edição do Prêmio procuram responder a questões levantadas por um estudo feito em 2013 – com apoio da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) e da Secadi (Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão) do MEC (Ministério da Educação) – tendo em vista a passagem dos 10 anos de existência da Lei 10639, que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana em todas as escolas, públicas e particulares, do ensino fundamental até o ensino médio.
“Nós fizemos uma análise de todas as seis edições do Prêmio – explica Cida Bento, coordenadora do Ceert – e dentre os destaques que tivemos nesse estudo há o desafio de conhecer mais experiências das áreas rurais, em particular quilombolas”. Ela observa também que é muito grande a presença feminina no prêmio e informa que a maior parte das práticas educacionais avaliadas são desenvolvidas por mulheres, principalmente negras (50,5%). “É importante que essa presença feminina também se traduza na tematização da questão de gênero dentro das práticas educativas”, conclui a coordenadora.
Além de um valor em dinheiro para professores (R$ 5.000,00) e para a escola (R$ 10.000,00), o prêmio oferece curso de formação e notebooks, além de um acompanhamento de até doze meses para duas escolas contempladas em cada etapa: educação infantil, ensino fundamental e ensino médio. Na categoria professor, há premiação especial para práticas que contemplem gênero, raça e etnia.
Realizado pela primeira vez em 2002, o Prêmio Educar para a Igualdade Racial e de Gênero tem como objetivo identificar, apoiar e difundir práticas pedagógicas e de gestão de escola comprometidas com a equidade, igualdade e qualidade na educação. São seis edições e doze anos contínuos de premiações, sempre voltadas para o reconhecimento, valorização e promoção dos profissionais da educação básica e de suas práticas educativas, tendo em vista a implementação da lei 10639. Ao longo desse tempo, foi constituído um acervo de mais de 2300 práticas pedagógicas e de gestão desenvolvidas nas cinco regiões administrativas do país e em cada um dos 27 estados da federação. Mais informações sobre este assunto você encontra aqui.