A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher escolheu nesta terça-feira (4) as cinco premiadas na edição deste ano do Diploma Mulher-Cidadã Carlota Pereira de Queirós. Das 29 indicadas por deputados e deputadas, as mais votadas por integrantes da comissão foram:
(Câmara Notícias, 04/10/2016 – acesse no site de origem)
– Amini Haddad, juíza estadual em Mato Grosso;
– Tânia Rodrigues, fundadora da Associação Niteroiense dos Deficientes Físicos (Andef);
– Cármen Lúcia, ministra e presidente do Supremo Tribunal Federal;
– Maria Conceição, missionária e fundadora da Associação dos Missionários da Solidariedade;
– Luiza Helena de Bairros (homenagem póstuma à ministra-chefe da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial no governo Dilma).
Presidente da comissão, a deputada Gorete Pereira (PR-CE) destacou a importância de promover o reconhecimento das mulheres e da retomada do prêmio após uma interrupção de seis anos.
“É fundamental estimular mais ações de fortalecimento das mulheres. Sinto-me feliz de colaborar de alguma forma para o processo de reconhecimento público dessas grandes mulheres. Parabenizo as indicadas pelo trabalho prestado aos brasileiros”, disse.
Primeira deputada federal
Carlota Pereira de Queirós (1892-1982) nasceu na cidade de São Paulo. Médica, escritora, pedagoga e política, foi a primeira mulher brasileira a votar e ser eleita deputada federal. Entre 1934 e 1935, participou dos trabalhos na Assembleia Nacional Constituinte.
Formou-se pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo em 1926. Membro da Associação Paulista de Medicina, da Association Française pour l’Étude du Cancer, da Academia Nacional de Medicina e da Academia Nacional de Medicina da Argentina, publicou uma série de trabalhos em defesa da mulher brasileira. Em 1950, fundou a Academia Brasileira de Mulheres Médicas.
Ingressando na política, foi eleita pelo estado de São Paulo em 1934. Seu mandato, em defesa da mulher e das crianças, foi dedicado a ações educacionais que contemplassem melhor o tratamento às mulheres. Ocupou seu cargo até o golpe de 1937, quando Getúlio Vargas fechou o Congresso.
Histórico da premiação
O Diploma Mulher-Cidadã Carlota Pereira de Queirós foi criado por meio da Resolução nº 3, de 2003, e destinado a agraciar mulheres que, no País, tenham contribuído para o pleno exercício da cidadania, na defesa dos direitos da mulher e questões do gênero.
Com a criação da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, a indicação para o Diploma Carlota Pereira de Queirós passou a ser competência deste colegiado da Câmara. Já foram agraciadas 25 mulheres, cinco em cada uma das edições (2004, 2006, 2007, 2008 e 2009).