Coronavírus: ONU pede que países protejam pessoas LGBTI+ em meio à pandemia

24 de abril, 2020

População LGBTI+ é mais vulnerável a desfechos negativos de saúde, desemprego e falta de moradia devido à crise causada pela Covid-19, afirma a organização

(Celina/O Globo, 24/04/2020 – acesse no site de origem)

NOVA YORK – A Organização das Nações Unidas (ONU) pediu aos países que protejam as pessoas LGBTI+ contra a discriminação ao procurar assistência médica durante a pandemia de coronavírus, dizendo que essa população pode hesitar em procurar serviços médicos e ser especialmente vulnerável à Covid-19.

“As pessoas LGBTI+ estão entre as mais vulneráveis e marginalizadas em muitas sociedades e entre as que estão mais em risco com o Covid-19”, escreveu a Alta Comissária para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, em comunicado.

“Sabemos que os esforços para combater a pandemia só funcionarão se os direitos de todos à vida e à saúde estiverem protegidos.”

As pessoas LGBTI+ cotidianamente enfrentam estigmas e discriminação quando procuram serviços de saúde, o que afeta seu acesso a cuidados de qualidade, disse a Alta Comissária da ONU.

Os esforços para deter a propagação do vírus causaram o fechamento de muitos centros de acolhimento LGBTI+ ao redor do mundo, que geralmente oferecem assistência médica.

Com os sistemas de saúde pressionados pelo coronavírus, “as decisões sobre a redução de serviços devem ser baseadas na ciência e em dados e não devem refletir preconceitos contra as pessoas LGBTI+”, ressaltou a organização.

A ONU afirma também que os países devem adotar medidas para proteger as pessoas LGBTI+ vulneráveis à violência e abuso doméstico e que vivem na pobreza durante a pandemia.

Por Thomson Reuters Foundation

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