Coronavírus, Zika e Ebola: por que as mulheres são as mais afetadas pelas pandemias?

06 de setembro, 2020

Estudo publicado pela revista Nature revela que as crises sanitárias aumentam historicamente as desigualdades de gênero. Aumenta na violência sexual, violação dos direitos sexuais e reprodutivos e ausência de políticas públicas para as mulheres são pontos em comum a diferentes epidemias

(O Globo |06/09/2020| Por Gabriela Oliveira)

Uma pesquisa publicada pela revista científica “Nature”, uma das mais importantes do mundo, apontou que as pandemias aprofundam historicamente as desigualdades entre homens e mulheres. Liderado por oito pesquisadores de instituições estrangeiras ao redor do mundo, entre elas o Departamento de Saúde Internacional da Escola de Saúde Pública Johns Hopkins, o estudo compara a Covid-19 com o surto do Ebola, na África Ocidental, e a crise do Zika Vírus, no Brasil, identificando os principais obstáculos enfrentados pelas mulheres.
“As mulheres são mais afetadas do que os homens pelos efeitos sociais e econômicos dos surtos de doenças infecciosas. Elas arcam com o peso das responsabilidades de cuidados, pois as escolas fecham e os familiares ficam doentes. Elas correm maior risco de violência doméstica e são desproporcionalmente prejudicadas pelo acesso reduzido a serviços de saúde sexual e reprodutiva. Como as mulheres têm mais probabilidade do que os homens de ter menos horas de trabalho empregadas, são mais afetadas pela perda de empregos em tempos de instabilidade econômica”, aponta o estudo.
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