De 5 a 7 de junho, a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) sediará o curso Mulheres Indígenas e Novas Mídias. O evento será realizado em razão da parceria do Tribunal de Justiça de MS, por meio da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar e da Escola Judicial (Ejud-MS), com a ONU Mulheres.
(TJMS, 04/06/2019 – acesse no site de origem)
São parceiros ainda do curso a Faculdade Intercultural Indígena (Faind), Faculdade de Ciências Humanas (FCH/UFGD), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a Unesco, além do apoio da Voz das Mulheres Indígenas.
A abertura será às 19 horas, com a apresentação de uma reza indígena, seguida de uma dança ou mística, organizada pelo Curso de Arte e Educação da Faind. Confirmaram presença para esta solenidade a conselheira Daldice Maria Santana de Almeida, a juíza Jacqueline Machado, que responde pela Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar; a gerente de projetos da ONU Mulheres, Fernanda Papa, representante das etnias, da Voz das Mulheres Indígenas – ONU, da Cátedra Unesco/UFGD.
Pela programação, devem palestrar sobre o tema central do evento Cleidiana Ramos, Graciela Guarani e Isabel Clavelin. Para a manhã do dia 6 (quinta-feira) está programada uma visita em uma aldeia indígena em Dourados e a retomada do curso no período vespertino. O encerramento será na sexta-feira (7), às 13 horas.
Sobre o curso:
O Curso de Comunicação, Saúde e Direitos das Mulheres está estruturado em três módulos (dois no primeiro dia, e o terceiro no segundo dia) e duas atividades pedagógicas (segundo dia), para despertar nos e nas participantes a reflexão acerca da prática jornalística e comunicativas e as possibilidades de mudança e melhoria da cobertura dos temas gênero, raça e etnia no fazer jornalístico diário e nas produções de comunicação livre.
Módulo 1 – Mulheres, saúde, acesso aos direitos e os contextos de enfrentamento ao racismo, ao etnocentrismo e à violência em sociedade
Ementa: Definição dos direitos sexuais e dos direitos reprodutivos a partir da perspectiva feminista. Introdução ao Direito humano à saúde e à comunicação como direitos universais. Breve histórico do movimento feminista, do movimento de mulheres negras e do movimento de mulheres indígenas. Relações raciais e o enfrentamento ao racismo e ao etnocentrismo e os impactos na saúde. A violência contra as mulheres no Brasil. A resposta à epidemia congênita de Zika e o emponderamento político e econômico das mulheres.
Módulo 2 – Comunicação, ética e os princípios da solidariedade e justiça social na saúde
Ementa: Princípios éticos do jornalismo brasileiro. A prática jornalística na perspectiva dos diretos das mulheres. A cobertura de notícias sobre violência contra a mulher e os impactos na saúde. As ferramentas estratégicas na negociação da pauta com o foco no acesso a direitos.
Módulo 3 – Mídias digitais
Ementa: em elaboração.
Atividade pedagógica 1 – Leitura crítica da mídia
Ementa: Abordagem sobre cultura da mídia a partir da leitura de Douglas Kellner. Análise e leitura crítica de textos e/ou imagens de notícias impressas, gravadas em áudio, vídeo e notícias on line com ênfase nos direitos das mulheres no contexto da epidemia de Zika, com destaque para as notícias sobre violações dos direitos das mulheres negras e indígenas. Modos de fazer coberturas qualificadas e com abordagem aprofundada sobre direitos das mulheres e saúde. Aplicação prática de estudos, pesquisas, análises, fontes e marcos internacionais sobre o tema na pauta jornalística.
Atividade pedagógica 2 – Experiências e trajetórias locais: identificando novas fontes
Ementa: Apresentação de um/a convidado/a local. Construindo uma pauta com foco nas demandas locais com recorte de gênero, raça e etnia. A apuração e a entrevista. Produção e avaliação dos resultados. Publicação no blog do curso.