(Folha de S.Paulo) Índice aceitável é de 15%, para OMS (Organização Mundial da Saúde); maioria das cirurgias ocorre no setor privado de saúde, revela pesquisa da Seade; levantamento também mostra queda na taxa de fecundidade da mulher paulista e aumento da idade média das mães
Segundo a reportagem, a taxa de cesáreas em São Paulo cresceu quase dez pontos percentuais na última década, atingindo 56,7% dos partos realizados. A maioria das partos cesáreos ocorre no setor privado de saúde.
“Todo mundo sabe que estamos fazendo cesáreas demais, e que fatores como a comodidade do médico e interesses econômicos estimulam a prática”, diz o obstetra Bussâmara Neme, professor da USP, Unicamp e PUC/SP.
As regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul sempre apresentaram as maiores taxas de partos cirúrgicos do Brasil, superando a média nacional. Segundo o IBGE (2007), a média de cesáreas foi de 46,6% no Brasil todo, mas as três regiões superaram a marca dos 50%.
Só no Estado de São Paulo, foram 55,2% dos partos, quase três vezes a porcentagem recomendada pela OMS.
Indicação de fontes:
Ana Cristina Tanaka – médica
Departamento de Saúde Materno-Infantil da Faculdade de Saúde Pública da USP
São Paulo/SP
Fala sobre: saúde pública; saúde da gestante; morte materna; índices de mortalidade materna
Cristião Fernando Rosas – médico ginecologista e obstetra
Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) e Hospital Cachoeirinha
São Paulo/SP
11 3259-7599 9236.6894 – [email protected]
Fala sobre: saúde da gestante; prevenção à morte materna