60% dos paulistanos estão totalmente insatisfeitos com a manutenção da proibição do aborto

03 de fevereiro, 2010

Este dado é revelado pela Pesquisa Nossa São Paulo/Ibope (IRBEM), realizada para captar o nível de satisfação sobre a qualidade de vida e o bem-estar na cidade, que foi divulgada em janeiro, às vésperas do aniversário de São Paulo.

A pedido do Movimento Nossa São Paulo, o Ibope entrevistou paulistanos em todas as regiões da cidade para saber o nível de satisfação em 25 temas – inclusive aspectos subjetivos como consumo, aparência, sexualidade, espiritualidade e lazer.

Legalização do aborto é importante para qualidade de vida na cidade

pesquisanossaspibopejan2010 

Observa-se que 60% dos paulistanos estão totalmente insatisfeitos com a manutenção da proibição do aborto, enquanto 29% declararam-se medianamente satisfeitos e apenas 11% estão totalmente satisfeitos. 

Sobre a pesquisa

Em 2009, o Movimento Nossa São Paulo lançou uma mobilização para elaborar um conjunto de indicadores que incluem também aspectos subjetivos sobre as condições de vida em São Paulo. O objetivo da construção do IRBEM (Indicadores de Referência de Bem-Estar no Município) é orientar ações de empresas, organizações, governos e de toda a sociedade, considerando como foco principal o bem-estar das pessoas. Essa consulta pública, realizada de junho a outubro de 2009, contou com a participação de mais de 36 mil pessoas, que atribuíram notas que refletem o grau de satisfação sobre os aspectos considerados mais importantes para a qualidade de vida no município em 25 temas.

Saiba mais sobre a Pesquisa Nossa São Paulo/Ibope (IRBEM)


Aborto, um grave problema de saúde de pública

A pesquisa Nossa São Paulo dá ênfase aos temas e aspectos mais citados como importantes para a qualidade de vida na cidade.

Um estudo recente sobre a magnitude do aborto no Brasil estimou que 1.054.242 abortos foram induzidos em 2005. A fonte de dados para esse cálculo foram as internações por abortamento registradas no Serviço de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde. Ao número total de internações foi aplicado um multiplicador baseado na hipótese de que 20% das mulheres que induzem aborto foram hospitalizadas. (Fonte: 20 anos de Pesquisas sobre Aborto no Brasil – Ministério da Saúde, 2009)


Indicação de fontes

Cristião Fernando Rosas – médico ginecologista e obstetra
Febrasgo e Hospital Cachoeirinha
São Paulo/SP
Tel.: (11) 3259-7599  / 9236.6894 – [email protected]
Fala sobre: aborto do ponto de vista médico; prevenção ao aborto inseguro no Brasil

Margareth Arilha
– psicóloga e coordenadora da CCR
CCR – Comissão de Cidadania e Reprodução

São Paulo/SP
Tel.: (11) 5575-7372[email protected]
Fala sobre: direitos reprodutivos e direito ao aborto

Maria José Rosado Nunes– socióloga e professora da PUC/SP
Católicas pelo Direito de Decidir/Brasil
São Paulo/SP
Tel.: (11) 3541-3476 – [email protected]
Fala sobre: direito ao aborto, aspectos filosófico, moral e religioso; pensamento católico

Sonia Corrêa– cientista política; coordenadora do SPW; pesquisadora da ABIA
Sexuality Policy Watch e ABIA (Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS)
Rio de Janeiro/RJ
Tel.: (21) 2223-1040 – [email protected]
Fala sobre: direito ao aborto; cenário internacional, ONU e direito internacional

Thomaz Gollop
– médico
Instituto de Medicina Fetal (IMF Brasil) e professor de genética médica da USP
www.thomazgollop.com.br
Tel.: (11) 5093-0809 [email protected]
Sobre: aborto como problema de saúde pública

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