(Paraiba On Line, 21/06/2016) As mães de bebês com microcefalia e outras alterações neurológicas causadas pela Síndrome Congênita do Vírus da Zika participam nesta terça-feira, 21, de um treinamento de primeiros socorros e manobras de fisioterapia respiratória.
A aula é voltada para as mães das crianças atendidas no Ambulatório Especializado do Hospital Municipal Pedro I e acontecerá a partir das 14h no prédio onde ficam o 2º Batalhão de Bombeiros Militares e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – Samu, no bairro São José.
As mães receberão ensinamentos sobre como agir em casos de engasgo ou de queimaduras, além de outras noções referentes a problemas respiratórios.
No mês passado as mulheres receberam outro treinamento de fisioterapia aprendendo a fazer exercícios caseiros que estimulam o desenvolvimento motor do corpo.
Os médicos do Instituto de Pesquisa Professor Joaquim Amorim Neto (Ipesq) passarão informações para ajudar a facilitar a amamentação, estimulando a ação de deglutir.
De acordo com a especialista em medicina fetal Adriana Melo, responsável pela pesquisa que identificou a associação entre o vírus da zika e a microcefalia, o estímulo é essencial para diminuir os danos provocados pela microcefalia e outros distúrbios.
“Tenho acompanhado uma criança que tem microcefalia e que é filha de uma fisioterapeuta. O trabalho da mãe em casa fez com que o bebê avançasse enormemente os aspectos motor e cognitivo”, disse.
Atualmente, o Ambulatório atende a quase 60 bebês de Campina Grande e de outras cidades da Paraíba com assistência multidisciplinar aos bebês, com neurologista, oftalmologista, cardiologista, fisioterapeuta, enfermeiro e outros profissionais, além de oferecer diversos exames.
As mães também são acompanhadas por psicólogos. Mais de 600 mulheres já passaram pelo espaço, desde novembro do ano passado.
A Prefeitura Municipal de Campina Grande também firmou parceria com o Ipesq. O Instituto passou a funcionar dentro do Hospital, para avançar nas pesquisas com os bebês.
Além destas ações, a PMCG capacitou os trabalhadores das Unidades Básicas de Saúde para acompanhar o pré-natal das gestantes, observando alterações e encaminhando as grávidas com suspeita de zika para o Instituto de Saúde Elpídio de Almeida.
No Isea, elas passam por exames especializados e são encaminhadas para o Ambulatório, nos casos positivos para a microcefalia.
Além disso, a Secretaria Municipal de Educação já iniciou a elaboração de um projeto transdisciplinar para atender estas crianças na educação infantil futuramente.
“Uma equipe está sendo consolidada e treinada para assegurar o desenvolvimento psíquico e físico-motor, dentro da escola, nos próximos meses”, disse a secretária, Iolanda Barbosa.
Fonte: Da Redação com Codecom/CG
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