(DCI) Denominado HIVBr18, o imunizante foi desenvolvido e patenteado pelos pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP, Edecio Cunha Neto, Jorge Kalil e Simone Fonseca.
Atualmente, o projeto é conduzido no Instituto de Investigação em Imunologia, um dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia, um programa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
Uma versão anterior da vacina, desenvolvida por pesquisadores da USP, já havia sido testada em camundongos, mostrando que a técnica era eficaz.
No teste mais recente, feito com os camundongos e ainda não publicado, os pesquisadores avaliaram a capacidade dessa nova vacina de reduzir a carga viral no organismo.
De acordo com o professor da Faculdade de Medicina da USP e um dos pesquisadores, Edecio Cunha Neto, “o HIV normalmente não infecta camundongos, então foi utilizado um vírus chamado vaccínia, que é aparentado do causador da varíola, e colocamos dentro dele antígenos do HIV”. Nos animais imunizados, a quantidade do vírus modificado encontrada foi 50 vezes menor que a do grupo controle.
A última etapa do teste pré-clínico será realizada na colônia de macacos Rhesus do Instituto Butantan.
A vantagem dos testes em primatas é a semelhança com o sistema imunológico humano e o fato de eles serem suscetíveis ao SIV, vírus que deu origem ao HIV.
Se a vacina for bem-sucedida nessa etapa, ela pode despertar interesse comercial. Os cientistas esperam atrair investidores privados, uma vez que o custo estimado para chegar até a fase seguinte dos testes clínicos é de R$ 250 milhões. Até o momento, somando o financiamento da Fapesp e do governo federal, foi investido cerca de R$ 1 milhão no projeto.
Acesse o PDF: Vacina contra a Aids criada na USP é testada (DCI, 07/08/2013)