Feminismo e igualdade: brasileiras estão entre as que têm mais medo de defender direitos: 41%

07 de março, 2017

Pesquisa foi realizada pela Ipsos em 24 países

(O Globo, 07/03/2017 – acesse no site de origem)

No Brasil, 41% das mulheres apontam sentir medo de defender seus direitos, colocando o país atrás apenas da Índia (54%) e da Turquia (47%) no receio relatado por mulheres de 24 países, entrevistadas pela consultoria Ipsos. A pesquisa global, divulgada nesta terça-feira pelo instituto, foi realizada entre janeiro e fevereiro deste ano. Homens também foram consultados.

Na população brasileira, 16%, entre homens e mulheres, acreditam que as mulheres são inferiores aos homens. O número se aproxima à média mundial (18%), mas está bastante abaixo de países que lideram a crença na inferioridade das mulheres, como Rússia e Índia (46%). Nos dados por sexo no Brasil, 19% dos homens concordam com esta afirmação, e entre as mulheres, 14%.

— O Brasil segue uma tendência global em que homens e mulheres acreditam que deveria haver igualdade de oportunidades, mas esta igualdade é aspiracional. Há uma sensação de desigualdade existente em termos de direitos — aponta Narayana Andraus, gerente da Ipsos no Brasil.

Quando questionados se as mulheres deveriam ser responsáveis pelos cuidados com a família, deixando de trabalhar fora de casa, 15% dos brasileiros concordaram (14% entre as mulheres e 17% entre os homens). O valor também se aproxima da média global de 17% — novamente com a liderança de Índia (44%), Rússia (30%) e China (24%).

A maior parte dos entrevistados globalmente concordou que a desigualdade social, política e econômica afeta as mulheres: 72%. No Brasil, a afirmação de que a desigualdade existe é ainda maior do que a média global: 78%.

Por fim, seis em cada dez entrevistados (58%), entre mulheres e homens, se definiram como feministas nos países pesquisados. No Brasil, se definiram como feministas 58% das mulheres e 43% dos homens.

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