(O Globo, 13/05/2016) Pela primeira vez, a Fifa terá uma mulher na secretaria geral, um dos mais importantes cargos abaixo da presidência. A escolhida para a função, que já foi exercida por Joseph Blatter, no tempo do presidente João Havelange, e por Jérôme Valcke, na época da preparação para a Copa do Mundo no Brasil, em 2014, é a senegalesa Fatma Samba Diouf Samoura. Com 54 anos, a niova dirigente trabalhou por 21 anos em programa da ONU na África, especialmente na Nigéria.
– Fatma é uma mulher de experiência internacional e visão, que trabalhou para resolver alguns dos maiores problemas de nossos tempo. Ela já provou sua habilidade de construir e liderar equipes e melhorar a maneira como essas organizações desempenham seus trabalhos – explicou o presidente da Fifa, Gianni Infantino, durante congresso na Cidade do México.
Infantino destacou o que espera da nova auxiliar:
– Na nova Fifa que queremos, ela também entende que transparência é o coração de qualquer entidade bem gerenciada – afirmou.
A senegalesa passará por testes de elegibilidade, coordenados por um comitê independente. Se estiver dentro das regras do Estatuto da Fifa, ela já assumirá a função de secretária-geral em junho.
– É essencial para a Fifa ter novas perspectivas, fora das tradicionais visões dos executivos de futebol, enquanto continuamos a restaurar a credibilidade e a reconstruir a organização. Ninguém exemplifica isso melhor do que Fatma, e estamos muito felizes de ter uma adição dessa ao nosso time – elogiou o presidente.
Samoura trabalhou em seis países africanos – Djibouti, Camarões, Chade, Guiné, Madagascar e Nigéria – desde que assumiu o posto de gestora de logística do Programa Mundial de Alimentação da ONU, em 1995.
“Hoje é um dia maravilhoso para mim, e estou honrada em assumir o posto de secretária-geral da Fifa. Acredito que o posto é adequado às minhas habilidades e experiências, e vou dar o máximo para fazer o futebol crescer no mundo”, declarou, por e-mail, a senegalesa, que fala quatro idiomas: francês, inglês, espanhol e italiano.
Samoura começou a carreira na ONU como diretora de logística do Programa Mundial de Comida em Roma, na Itália, em 1995. Já atuou como representante ou diretora para seis países. Na Nigéria, cuidou de orçamento e recursos humanos da ONU, coordenando ainda atividades de uma equipe de 200 pessoas que monitora e avalia a segurança, a situação política e o quadro sócio-econômico no país.
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