(HuffPost Brasil, 01/07/2016) Mulher, negra e poeta. As palavras da poeta Mel Duarte, em apresentação no sarau de abertura da 14ª Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), na última quarta-feira (29), fizeram o evento tremer com tamanha contundência.
Duarte apresentou três poemas no sarau: um dedicado às mulheres negras, na qual ela fala sobre objetificação sexual, racismo e empoderamento; o segundo dedicado a meninos da Fundação Casa, no qual ela declama sobre marginalização e mobilidade social; e o terceiro e último sobre a cultura do estupro que vitimiza milhões de mulheres – no qual ela encontrou um espacinho para mandar aquele recado a Jair Bolsonaro e Eduardo Cunha.
A presença da poeta quebrando tudo e enfrentando a opressão com resistência é particularmente simbólica: nesta Flip, onde mulheres têm um destaque inédito, a baixa representatividade de negros no evento é uma das críticas que ele enfrenta neste ano.
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