Dados de 2022 mostram que 100 mães pretas morreram a cada 100 mil nascimentos; índice entre mães pardas foi de 50,36 e entre mães brancas de 46,56.
A mortalidade de mães pretas é duas vezes maior do que a de brancas no Brasil, segundo dados do Sistema Único de Saúde (SUS). Para cada 100 mil nascidos vivos, 100 mães pretas morreram, enquanto entre as brancas o índice foi de 46,56.
A meta da Organização das Nações Unidas (ONU) até 2030 é de 30 mortes a cada 100 mil nascidos vivos.
Os números são de um estudo da Fiocruz, em parceria com o Ministério da Saúde, lançado nesta quinta-feira (23).
A morte é considerada materna quando acontece até 42 dias após o término da gravidez e por causa atribuída à gestação, parto ou puerpério.
O levantamento “Pesquisa Nascer no Brasil II: Inquérito Nacional sobre Aborto, Parto e Nascimento” foi feito com base nos dados dos sistemas de controle do SUS sobre internação de mulheres em casos de parto ou aborto, em hospitais públicos ou mistos, e mostram que:
- A incidência de morte de mulheres pretas no parto foi de 100,38, enquanto a de mães brancas foi de 46,56.
- O índice no caso das pardas foi de 50,36 para cada 100 mil.