CPJ lança livro que reúne histórias de mulheres jornalistas que sofreram abusos

03 de junho, 2016

(Portal Imprensa, 03/06/2016) O Comitê para Proteção dos Jornalistas (CPJ) lançou um livro que reúne histórias de mulheres jornalistas que sofreram ameaças, abusos, descriminação e até violência sexual durante exercício da profissão. O lançamento aconteceu em um painel de discussão realizado pela entidade em Washington, nos EUA.

Segundo o site Voice Of America, essa edição do livro resolveu focar na intercessão entre gênero e liberdade de imprensa. Para a representante do CPJ, Sandy Rowe, a necessidade de uma publicação como esta ficou aparente quando a correspondente da BBC, Lara Logan, foi agredida sexualmente durante a cobertura da Primavera Árabe.

Logan foi brutalmente violentada durante pelo menos 25 minutos por uma multidão, em plena praça Tahrir, no Cairo, no dia que o governante egípcio Hosni Mubarak saiu do poder. Ela conta que o caso foi aterrorizante e até mesmo o médico que a tratou não aguentou ouvir os relatos.

“Eu queria dizer a ele o que aconteceu comigo, mas ele disse que seria demais para ele assimilar. Ele só ficava me pedindo para parar de falar”. Ela conta ainda que o médico disse que ela tinha muita sorte de estar viva depois do que aconteceu.

Outro caso que se faz presente no livro é o da jornalista Arzu Geybullayeva, que trabalhava como correspondente do jornal armênio Argos, publicado em Istambul. Em 2014, ela enfrentou uma grave campanha do governo do Azerbaijão para desqualifica-la.

“Eu estava dirigindo uma pequena organização sem fins lucrativos que promovia o diálogo entre cidadãos da Armênia e do Azerbaijão. O governo me fez de inimiga por causa de minhas reportagens críticas e chegou a dizer que eu estava vendendo segredos de Estado”. Geybullayeva ainda ressaltou que esse é um método muito comum utilizado pelos governantes para desqualificar jornalistas naquele país.

A jornalista Molly McCluskey chama atenção para os ataques sofridos através da internet. “Eu acho que online as mulheres estão muito mais sujeitas a abusos verbais. Eu mesma escrevi alguns artigos de finanças pessoais e tive vários comentários maldosos nele”.

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