(Agência Patrícia Galvão) “Na campanha eleitoral o aborto emergiu como questão de maneira louca, descontrolada, e muitas pessoas ficaram horrorizadas… Vamos ter que ficar atentas, as redes de mulheres, para problematizar cada uma das questões que irão surgir. Eles sabiam que colar Dilma a um perfil de abortista seria importante. Tinham a história da Jandira Feghali no Rio de Janeiro como exemplo. Tinham a memória do vergonhoso caso de Campo Grande (Mato Grosso do Sul), onde um escândalo jurídico aconteceu, com abertura das fichas médicas para quem quisesse devassar. Isso teria merecido do movimento e da imprensa uma reação mil vezes mais indignada do que conseguimos produzir. O que fizemos foi pouco. Ao nos calar abrimos porteira gigantesca para os caras acharem que podiam tudo.”
A Mídia e as Mulheres no Poder: As diferenças como desigualdades?
Laura Capriglione/ repórter especial do jornal Folha de S.Paulo
[Acesse a cobertura sobre as outras mesas de debate do Seminário Nacional A Mulher e a Mídia 7 – RJ, 2 a 4 de dezembro de 2010]
Assista ao vídeo de cobertura do Seminário A Mulher e a Mídia 7, realizado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres.