Mulheres negras latino-americanas espalhadas pelo continente contam como a pandemia afeta suas vidas
(Universa/Uol | 12/11/2020 | Por Jéssica Moreira e Semayat Oliveira, do Nós, mulheres da periferia)
Desde junho, a América Latina se tornou um dos epicentros da pandemia. Dos mais de 50 milhões de casos e das mais de 1,2 milhão de mortes pelo mundo, ao menos 21 milhões de infectados e mais de 659 mil mortes estão na região das Américas, conforme mostra relatório de 8 de novembro da Organização Panamericana de Saúde.
“Já é difícil estar fora de seu país por uma situação que te impulsionou a sair. Agora, além das saudades de lá, não posso nem ver a família que fiz aqui”, diz a venezuelana Nazareth Sojo, professora de idiomas na ONG Abraço Cultural, em São Paulo. Com a pandemia, a distância dos alunos e a necessidade de se adaptar às aulas online fizeram com que a solidão e a saudade aumentassem. Para cuidar do emocional, Nazareth recebe apoio psicológico voluntário. “O mais difícil é ficar completamente isolada. Não sabia da importância desse suporte psicológico”, diz.