CNJ discute desafios para a igualdade de gêneros no encontro ‘Elas por elas’

20 de agosto, 2018

Laurita Vaz disse que dos 33 ministros no Superior Tribunal de Justiça apenas seis são mulheres. Rosa Weber criticou a baixa participação feminina também na política.

(Jornal Nacional, 20/08/2018 – acesse no site de origem)

O Conselho Nacional de Justiça promoveu, nesta segunda-feira (20), em Brasília, o seminário “Elas por Elas”, que discutiu os desafios para a igualdade de gêneros no país.

Mulheres das mais poderosas do país. Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF); Rosa Weber, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE); Laurita Vaz, à frente do Superior Tribunal de Justiça (STJ); Raquel Dodge, procuradora-geral da República e Grace Mendonça, advogada-geral da União.

O momento único que vivem foi a inspiração para o seminário que discutiu o espaço ocupado pelas mulheres nos órgãos públicos.

“De 33 ministros no Superior Tribunal de Justiça, somos apenas seis mulheres. Essa distorção precisa ser corrigida”, afirmou Laurita Vaz.

Rosa Weber criticou a baixa participação feminina também na política.

“O número de mulheres candidatas alcança pouco mais do mínimo, 30%. Há uma verdadeira sub-representação feminina na política brasileira”, disse a presidente do TSE.

Um dos temas discutidos no seminário foi a violência contra a mulher. Com destaque, mulheres que ocupam o comando em algumas das principais instituições do país reforçaram que a luta por igualdade de direitos e por respeito tem de ser diária.

“A pretensão de igualdade não significa a competição, mas o desejo de sermos reconhecidas como iguais em direitos e liberdades”, disse Raquel Dodge.

Cármen Lúcia lembrou casos recentes de violência.

“Acordamos a cada dia com notícias, as mais gravosas, injuriosas e bárbaras mesmo, no sentido da barbárie que é de violências contra a mulher. Se somos, no caso brasileiro, maioria da população, é estranho que não sejamos, nós, respeitadas naquilo que há de mais central no direito, nesse estado democrático de direito, que é o Brasil, que é o respeito à dignidade humana”, declarou a presidente do STF.

O encontro teve a participação também de mulheres que ocupam posições de destaque nas empresas, na ciência e nas artes.

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