Na reportagem sobre a 48ª Assembleia- Geral dos Bispos do Brasil, que irá discutir as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), o jornal O Estado de S. Paulo deu especial destaque à expressiva contribuição das mulheres ao “novo rosto” das CEB.
“Elas são maioria em todas as comunidades – de aproximadamente 100 mil grupos espalhados pelas paróquias do País – e com certeza são também as mais atuantes. Apesar disso, na hora da decisão, a última palavra é sempre dos homens, afirma Liz Marques, da Comunidade Moisés Libertador, na zona leste da cidade de São Paulo. Liv considera que esse quadro exige da Igreja Católica uma revisão do papel da mulher em sua estrutura, o que deve incluir a admissão do sacerdócio feminino. Essa, porém, não é uma batalha fácil, porque há muita resistência na hierarquia da Igreja.
“Até bispos mais simpáticos às CEBs são críticos em relação às opções que elas adotaram na militância política e social”, afirma o sociólogo e professor Pedro Ribeiro de Oliveira, que assessora a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) na área da pastoral popular. Há quem discuta se a CEB é uma comunidade de cristãos ou um movimento social; e quem ache que as CEBs deveriam passar a se chamar Comunidades Eclesiais de Vivência.
Acesse essa notícia em pdf: Mulheres mostram força nas CEBs (O Estado de S. Paulo – 02/05/2010)
Indicação de fonte
Maria José Rosado Nunes– socióloga e professora da PUC/SP
Católicas pelo Direito de Decidir/Brasil
São Paulo/SP
Tel.:
Fala sobre: teologia; pensamento católico; aspectos moral, ético e religioso; direito das mulheres