(Folha de S.Paulo) A líder da maior economia europeia e a chefe de um dos maiores organismos multilaterais do mundo estão numa queda de braço por suas posições divergentes sobre a crisena zona do euro. Conheça as características de cada uma e o poder que elas detêm
ANGELA MERKEL, 57
Primeira mulher a se tornar chanceler da Alemanha, em 2005, é também a pessoa mais jovem a alcançar o cargo desde a Segunda Guerra, além de ser a primeira a vir da Alemanha comunista
Entrou na política perto dos 40 anos,mas teve rápida ascensão, promovida pelo então chanceler Helmut Kohl, que a chamava de “minha garota”. Foi a primeira mulher no comando do partido União Democrata-Cristã. Em2005, com uma coalizão, alcança o posto de chanceler, e é reeleita no ano de 2009. Já foi cinco vezes considerada a mulher mais importante do mundo pela
“Forbes”, e os franceses acreditam mais nela do que no presidente Nicolas Sarkozy
Somos solidários, mas não devemos esquecer nossa responsabilidade. Não há sentido prometermos mais e mais dinheiro, mas não combatermos as causas da crise
“Nós dizemos desde o início que defendemos o euro, mas não queremos uma situação em que sejamos forçados a prometer algo que não conseguiremos cumprir”
CHRISTINE LAGARDE, 56
Primeira mulher a se tornar diretora-gerente do FMI, Lagarde antes passou por um grande escritório internacional de advocacia, do qual se tornou também a primeira mulher na direção, e por diversos ministérios franceses
Filha de professores, ficou órfã do pai aos 17 anos. Formou-se em direito em Paris, com mestrado em ciências políticas. Em 1981, começou a trabalhar como advogada, lidando com questões de antitruste e fusões e aquisições
Em 2005, assumiu o Ministério do Comércio. Dois anos depois, foi para a pasta da Agricultura até assumir o Ministério das Finanças, a primeira mulher no posto na França e em uma economia do G8
Em política fiscal, recorrer a cortes sem fronteiras só acrescentará pressões de recessão. Muitos países não têm escolha.Mas isso não é verdade em todos os lugares
Nós precisamos de um Fundo maior. Sem ele, países como Itália e Espanha poderão ser forçados à insolvência por custos de financiamento. Isso teria implicações desastrosas para a estabilidade global
Quanto maior o esforço privado, menor a participação dos credores públicos; mas se o corte pedido aos credores privados não for alcançado, então os credores públicos também terão que negociar
Acesse em pdf: Merkel x Lagarde (Folha de S.Paulo – 05/02/2012)