(Folha de S.Paulo) O equilíbrio entre homens e mulheres nas vagas que envolvem o direito precisam de ações afirmativas e inclusivas, segundo a diretora do Instituto dos Advogados de São Paulo (Iasp), Raquel Elita Alves Preto.
“A iniciativa privada tem um desempenho muito melhor no aproveitamento da mulher em cargos decisivos do que o ambiente público institucional”, afirma.
“A avaliação que eu faço é que, no setor público, as questões da aliança política e apadrinhamento se sobrepõem às questões de mérito e de capacidade.”
Um levantamento feito pela diretora mostra que no Supremo Tribunal Federal, dos 13 ministros, 11 são homens e duas são mulheres.
No Superior Tribunal de Justiça, das 30 cadeiras de ministros nomeados, apenas seis são ocupadas por elas.
Além do Brasil, Preto destaca também a desigualdade em outros países.
Na Inglaterra, aproximadamente 60% das vagas nas faculdades de Direito são ocupadas por mulheres, mas, menos de 10% são sócias do primeiro escalão dos escritórios ingleses, diz.
“Precisamos de ações inclusivas no Brasil principalmente nos órgãos públicos.”
Acesse em pdf: Participação da mulher no mercado jurídico (Folha de S.Paulo – 15/03/2013)