17/10/2011 – Movimentos e ONGs são contra unificar secretarias

17 de outubro, 2011

(O Globo/Folha de S.Paulo/AOMNB) “Entidades, movimentos sociais e organizações não-governamentais criticaram a intenção do governo de reunir várias secretarias em torno de um Ministério dos Direitos Humanos, que pode ser criado na reforma administrativa de 2012. Para lideranças sociais que atuam nesses segmentos, a unificação das secretarias vai enfraquecer cada uma dessas áreas e comprometer os avanços obtidos.”
“- Temos conseguido avanços substantivos em todo o mundo e vamos acabar com essa conquista neste momento? O movimento de mulheres avalia como muito positiva a criação da Secretaria das Mulheres – disse Silvia Camurça, que integra a executiva da Articulação de Mulheres Brasileiras.”
“- Se com a Seppir não estamos conseguindo avançar como esperávamos, imagina diluí-la em um grande ministério! Aí é que não sairá nada. A secretaria foi uma conquista – disse Waldiceia Moraes, do Conselho de Negras e Negros do Brasil.”
“Presidente da Funai durante quase quatro anos, no governo Lula, Mércio Pereira é contrário à inclusão do órgão na estrutura do Ministério dos Direitos Humanos. Para ele, a ideia é muito ruim e a questão fundamental vai deixar de ser a sobrevivência dos indígenas e a conquista de suas terras. Mércio defende que a Funai seja mantida sob o controle do Ministério da Justiça.”
“O presidente da UNE, Daniel Ilescu, disse que a entidade defende a criação do Ministério da Juventude, exclusivo. ” “- O tema da juventude e suas questões ganharam uma força institucional e política importantes para o país. Precisa de uma estratégia própria – defendeu Daniel.””A AMNB manifesta-se publicamente em defesa da manutenção da Secretaria de Políticas Para as Mulheres – SPM -, do Ministério dos Direitos Humanos – MDH – e da Secretaria Especial de Políticas Para Promoção da Igualdade Racial – SEPPIR – a fim de  que o Brasil possa cumprir todos os protocolos, todas as decisões, todos os acordos e todos os planos de ações das conferências que o país subscreveu, para efetivamente promover a equidade de gênero, de raça e respeitar os direitos humanos das mulheres negras brasileiras. A AMNB ressalta que somente com a existência de espaços governamentais específicos, com políticas públicas direcionadas aos setores, até aqui, excluídos, é que as mulheres, sobretudo, as mulheres negras terão acesso à cidadania” – “Carta Aberta da Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras para Sua Excelência Sra. Dilma Rousseff, Presidenta da República”
Leia matéria na íntegra: Movimentos ligados às áreas que integrariam o Ministério dos Direitos Humanos acham que pasta enfraquece conquistas (O Globo – 15/10/2011)Jornais divulgam informações contraditórias sobre fusão de secretariasAs colunas Painel e Panorama Político – dos jornais Folha de S.Paulo e O Globo, respectivamente -, que tratam dos bastidores da política, publicaram informações contraditórias sobre uma possível fusão de secretarias em um único Ministério de Duireitos Humanos. Veja as colunas na íntegra:

Deu na coluna Painel, do jornal Folha de S.Paulo (17/10/2011):
“Tenho dito – Dilma descarta, de forma taxativa, a fusão das secretarias de Direitos Humanos, Mulheres e Igualdade Social numa única estrutural ministerial.”

Deu na coluna Panorama Político, do jornal O Globo (15/10/2011):
Sujeito oculto – O PT paulista é o maior entusiasta da proposta de criar um ministério que englobe os movimentos sociais (Direitos Humanos, Igualdade Racial, Mulheres, Juventude e Índios). No Panalto, quem gosta da ideia é o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral), que já faz a interlocução com os movimentos pela Presidência da República. Seu nome está colocado para comandar a nova pasta, caso seja criada.”

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