(Folha de S.Paulo) A presidente eleita Dilma Rousseff tem manifestado o desejo de nomear uma mulher para comandar a política externa do país. Porém, a imprensa em geral -e particularmente a Folha de S.Paulo- tem informado repetidamente que Dilma Rousseff terá “poucas opções” no quadro da diplomacia brasileira. Segundo o jornal, “apenas um quarto dos diplomatas são mulheres, das quais somente 30 são embaixadoras”.
Até o momento, a imprensa tem apostado em dois homens “com força” para suceder o ministro Celso Amorim: o atual secretário-geral, Antonio Patriota, e o embaixador na Itália, José Viegas.
No ranking de apostas o principal nome feminino é o da embaixadora Regina Maria Dunlop, a número dois da missão brasileira na ONU (Organização das Nações Unidas); ela é, porém, considerada uma diplomata com pouca experiência, que nunca chefiou uma missão internacional.
Com igual ou mais força na hierarquia do Itamaraty está a subsecretária-geral de Política, Vera Lúcia Machado, considerada a mais poderosa do Itamaraty, com 42 anos de carreira diplomática e um currículo de peso: já foi embaixadora no Vaticano e em Nova Déli, na Índia.
Os outros nomes são: a subsecretária Maria Edileuza Reis; a cônsul-geral em Paris, Maria Celina de Azevedo Rodrigues, que já foi embaixadora na Colômbia e junto à União Europeia; Maria Nazareth Farani Azevêdo, ex-chefe de gabinete do ministro Celso Amorim e representante na ONU em Genebra; e Maria Luiza Viotti, a primeira embaixadora do Brasil na ONU, que recentemente representou o país no voto contra as sanções ao Irã.
Eleita revela ideia de nomear mulher para Itamaraty (Folha de S.Paulo – 18/11/2010)