(Folha de S.Paulo) “Há uma longa estrada até a efetiva afirmação das mulheres na política, mesmo no Brasil pós-Dilma.” Para a colunista Eliane Cantanhêde, a vitória de Christine Lagarde para a chefia do poderoso Fundo Monetário Internacional é uma vitória e tanto, mas as mulheres ainda estão em forte desvantagem na relação de poder. Abaixo, trechos do artigo:
“Lagarde não é apenas a primeira mulher a ocupar o cargo, mas a primeira advogada numa função antes exclusiva de economistas. Só sendo muito competente, com um currículo sólido, consistente.”
“Como também foi a “dama de ferro” Margaret Thatcher, premiê do Reino Unido de 1979 a 1990, capaz de pensar estrategicamente e ter coragem de pôr as contas em dia à custa do índice de emprego e da própria popularidade!”
“Depois delas, a presença da mulher no poder passou a ser mais suave, ou mais feminina, com Angela Merkel, chanceler da Alemanha, Hillary Clinton, secretária de Estado norte-americana, e as presidentes Dilma Rousseff no Brasil, Cristina Kirchner na Argentina e Michelle Bachelet (que saiu do governo do Chile com aprovação superior a 70%).”
No Brasil, representação feminina não evolui
“Oito entre 10 brasileiros dizem que votam ou votariam em mulheres, conforme pesquisa Ibope-Instituto Patrícia Galvão, mas a representação feminina continua sendo muito pequena – e não evolui. Exemplo: dos 513 deputados federais eleitos em 2010, só 43 eram mulheres.”
Veja na íntegra: Desafio do Fundo porá em xeque a capacidade feminina no poder, por Eliane Cantanhêde (Folha de S.Paulo – 29/06/2011)