A socióloga Eleonora Menicucci comenta a eleição da primeira mulher presidente do Brasil (APG)

03 de novembro, 2010

(Agência Patrícia Galvão) Eleonora Menicucci, socióloga e professora do Departamento de Medicina Preventiva da Universidade Federal de São Paulo, comenta a eleição de Dilma Rousseff, a primeira mulher presidente da República do Brasil, e o significado -simbólico, político e real- do compromisso que assumiu em seu primeiro pronunciamento como presidente eleita: “honrar as mulheres brasileiras”.

Barreiras rompidas 

“A presidenta eleita para dirigir o país nos próximos 4 anos, uma mulher guerreira e generosa, apontou em seu primeiro discurso a sua imensa preocupação com a equidade de gênero. Dilma não é uma feminista orgânica, mas sua vida serve como exemplo para a sociedade ainda tão patriarcal de como uma mulher pode e pode mais ainda quando rompe barreiras: a luta contra a ditadura, a sobrevivência à tortura, o cargo de primeira secretaria mulher do Rio Grande do Sul, a recuperação de um câncer, uma campanha tão sórdida contra sua vida e a vitória de chegar pela via do voto ao primeiro cargo de um país. Isto é uma vida feminista.

Acredito que ela não só terá um olhar profundo para as políticas voltadas para as mulheres, como enfrentará o parlamento em questões espinhosas com muita seriedade e firmeza. Isto seu discurso apontou para a sociedade. Eu, como amiga e ex-companheira de prisão, atesto sua preocupação com a desigualdade de oportunidades e de acesso entre os gêneros tanto quanto com a desigualdade social.”

Contato:

eleonoraEleonora Menicucci – socióloga e professora da Unifesp
Departamento de Medicina Preventiva da Unifesp
São Paulo/SP
(11) 5572-0609, r. 261 / 9196-9413
[email protected]

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