No âmbito da discussão sobre a mudança, ou não, de posição da candidata Dilma Rousseff (PT) sobre o aborto, o jornal Folha de S.Paulo (01/10/2010) publicou quadro em que destaca o que a presidenciável Marina Silva (PV) já falou sobre o tema:
Em resposta a pergunta enviada pela Revista do Correio Braziliense (24/09/2010):
Aborto
“O debate não deve ser reduzido a quem é contra ou a favor. As mulheres que optam pelo aborto passam por um momento de sofrimento, de dor, de desamparo. As consequências emocionais, psíquicas e familiares são dramáticas para a pessoa, que serão levadas para toda a vida. Convivi com amigas e pessoas que fizeram e pude acompanhar o sofrimento delas. Eu não faria um aborto, no entanto, nunca as julguei ou as acusei. Penso que o tema não pode ser tratado subtraindo aspectos complexos dessa decisão. No processo, estão questões de ordens filosóficas, moral, ética e espiritual. O debate ainda não foi feito com a devida profundidade, por isso proponho um plebiscito para que a discussão seja feita e ampliada.”
O caderno Eleições da Folha de S.Paulo (22/09/2010) selecionou frases com o posicionamento sobre o “casamento gay” (sic) manifestado publicamente pelos quatro principais presidenciáveis: Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB), Marina Silva (PV) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL). Leia o que disse Marina:
“Defendo direitos civis. Não é justo que quem construiu o patrimônio não possa usufruir. Não concordo com casamento porque é sacramento.”
Em entrevista concedida ao Correio Braziliense (19/09/2010), a candidata à Presidência da República Marina Silva (PV) foi questionada sobre suas posições acerca de temas polêmicos como aborto e união de homossexuais:
Pergunta: “Em temas de cunho mais religioso, como aborto e casamento gay, partir para o plebiscito não tira um pouco da própria imagem que a senhora tem de quem estabelece as coisas e diz o que pensa?”
Marina Silva: “Não, porque eu não deixo de dizer qual é a minha posição. Eu digo que não tenho uma posição favorável ao aborto. É uma questão religiosa, filosófica, moral, cultural. Mesmo se eu não fosse uma pessoa de fé, eu seria favorável à vida. Eu sou favorável à vida da ave, à vida do embrião, à vida da lesma, à vida da formiga. A diferença é que eu não faço uma satanização dos que têm uma posição contrária à minha. Quando as pessoas olham para o meu posicionamento já fazem um rótulo: é conservadora. Eu não estou rotulando ninguém. À comunidade gay, por exemplo, digo que não sou favorável ao casamento, mas defendo seus direitos civis. Se minha posição inviabiliza que essas pessoas votem em mim, eu prefiro, porque assim, elas, com transparência, vão saber. ‘Concordo com a Marina nisso e nisso, mas nisso eu não concordo.’”
Ao participar de sabatina promovida pelo jornal O Estado de S. Paulo (01/09/2010), a candidata do PV à Presidência, Marina Silva, acusou seus principais adversários, Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) de mudarem de posição conforme o que lhes convêm ao falarem sobre o aborto e o casamento de homossexuais. Marina afirmou que sempre manteve coerência ao tratar desses temas. “Nem sei se perguntam tanto para os outros candidatos (sobre esses temas), até porque (eles) mudam de posição conforme o cenário e a situação”, disse Marina.
Legalização do aborto
“Os outros candidatos agora também dizem que são contrários. Eu disse isso ao longo da minha vida”.
Marina defende um plebescito sobre a legalização do aborto e nega que a proposta seja uma forma de não se complicar na dicussão.
“Esse é um encaminhamento para a questão. Não é o executivo que vai decidir, é o Congresso.”
Marina Silva disse ainda que a sua posição pela ilegalidade do aborto não tem relação com o fato de ser evangélica da Assembleia de Deus. “Sempre tive essa posição. Quando eu era católica eu pensava assim e agora eu penso assim.”
Em debate promovido pelas emissoras católicas TV Canção Nova e Rede Aparecida (SP, 22/08/2010):
Aborto
Marina Silva voltou a afirmar que, se eleita, fará um plebiscito sobre o aborto, mas não deixará de defender sua posição contrária à interrupção da gravidez. “A vida é um valor inegociável”, disse Marina, que defendeu um debate “sem preconceito ou satanização”.
Castidade e prevenção à Aids
Sobre a inclusão de campanhas pela castidade entre solteiros e fidelidade entre casados nos programas de combate à Aids, Marina disse: “não sei se o Estado vai fazer campanha pela castidade, mas as pessoas podem sim tomar essa decisão. As Igrejas podem se posicionar, mas as pessoas têm direito de agir como preferirem. Ninguém pode incluir em sua preleção a discriminação”.
Ao chegar ao Tuca, teatro da PUC onde ocorreu o debate Folha/UOL (18/08/2010), Marina Silva viu uma bandeira símbolo do movimento gay ser jogada dentro do veículo em que estava.
União de homossexuais
Perguntada sobre sua posição acerca do casamento entre pessoas do mesmo sexo, tema sobre o qual já se disse contrária diversas vezes, a candidata do PV defendeu o direito à herança e plano de saúde conjunto. “Esse é o limite da minha convicção”, afirmou.
Aborto
Após participar do debate, Marina declarou novamente ser contrária ao aborto, mas defendeu a necessidade de que o assunto seja discutido com a sociedade.
“A minha posição é transparente. Não mudo o discurso de acordo com as conveniências e, por isso, me atrapalho menos quando respondo. Digo que tenho uma posição contrária. O que está previsto em lei tem que ser cumprido e o que não está deve ser feito um plebiscito”, disse Marina, que ressaltou que é preciso debater a questão do aborto sob o ponto de vista filosófico, religioso e moral, sem “satanizar” quem defende o aborto e muito menos deixando de respeitar quem manifesta uma posição contrária a ele. “Eu não fico satanizando quem defende, mas também quero que se tenha uma atitude de respeito com aqueles que tem um posicionamento contrário”, afirmou a candidata.
Em visita a Recife/PE (31/07/2010), um dia após o anúncio do início dos testes com células-tronco embrionárias em seres humanos nos EUA, a candidata do PV à Presidência, Marina Silva, irritou-se ao ser questionada sobre o assunto e reafirmou que é contra esse tipo de experiência.
Uso de células-tronco embrionárias
“Não tenho uma posição favorável à pesquisa com célula-tronco embrionária e eu já disse isso”, declarou Marina. “Sou favorável à pesquisa com célula-tronco adulta.”
Respondendo a perguntas em encontro com pastores em Bauru/SP (29/07/2010), a candidata do PV à Presidência, Marina Silva, voltou afirmar que é contra o casamento entre homossexuais e que defende a realização de um plebiscito sobre a descriminalização do aborto.
União de homossexuais
“Por entender um casamento como um sacramento entre um homem e uma mulher, sou contrária, mas defendo os direitos civis dos homossexuais”
“Sobre o casamento gay, não se pode favorecer nenhum tipo de discriminação, até por quem faz isso não tem nenhum tipo de respaldo bíblico. A primeira coisa que Jesus disse foi que só ao pai era dado o direito de julgar. Por entender um casamento como um sacramento entre um homem e uma mulher, sou contrária, mas defendo que os direitos civis dos homossexuais sejam protegidos. Não concordo que eles não devam ter direito a plano de saúde conjunto, não concordo que não devam ter direto à herança conjunta.”
“É engraçado que isso gera um certo estranhamento. Junto à comunidade gay existem alguns que ficam contrários à minha posição por não defender o casamento, e junto à comunidade evangélica alguns ficam insatisfeitos porque digo que não sou contrária aos direitos civis e à preservação de bens.”
Descriminalização do aborto
“Em relação ao aborto, defendo que se faça um plebiscito. Temos que fazer o debate de forma aberta, evitando as satanizações.”
Em entrevista ao programa 3 a 1, da TV Brasil (23/07/2010), a candidata à Presidência da República pelo Partido Verde, senadora Marina Silva, defendeu a realização de um plebiscito sobre a legalização do aborto. A presidenciável se declara contra a interrupção da gravidez e considera que uma votação permitiria ampliar o debate, informa a população para que se posicione sobre o assunto.
“Defendo o plebiscito para que haja o debate e para que as pessoas possam se colocar sobre a questão” afirmou ela. “Defendo isso, mas todos sabem que minha posição é contrária [ao aborto]”, disse Marina Silva.
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“A candidata do PV à Presidência, Marina Silva, aproveitou a sabatina feita pelo R7 e Record News para entregar nesta quinta-feira [15/07/2010] ao eleitor a decisão sobre alguns dos temas polêmicos que dominam sua campanha. Mesmo contrária à legalização do aborto e da maconha, ela defendeu um plebiscito para que a população decida sobre os as duas polêmicas.
Veja a íntegra da sabatina com Marina
Marina afirmou que é favorável à união civil entre pessoas do mesmo sexo, apesar de ser contra o casamento entre homossexuais no religioso. Ela também garantiu que nunca ingeriu bebida alcoólica, fumou maconha ou tomou o Santo Daime, uma bebida feita de ervas.
Ao defender o plebiscito para avaliar a legalização do aborto e a descriminalização da maconha, Marina não escondeu sua opinião. Disse que a simples legalização do consumo das drogas não seria o melhor caminho para combater o narcotráfico e que o aborto envolve fatores ‘morais, filosóficos, éticos e religiosos’ que ainda não teriam sido suficientemente debatidos no Brasil.
Ao opinar sobre casamento entre pessoas do mesmo sexo, Marina afirmou que união civil é diferente de casamento. Ela é favorável à união civil por garantir aos parceiros os mesmos direitos sobre os bens conquistados em conjunto, mas sobre a união no religioso ela não deixou dúvidas.
– Casamento para mim é um sacramento, e pelo meu princípio de fé, eu não defendo.
Marina, que é evangélica, defendeu o Estado laico, mas lembrou que “Estado laico não é Estado ateu” e que, por isso, é preciso respeitar “quem tem fé e quem não tem”.
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A candidata à Presidência da República, Marina Silva (PV), participou da sabatina da Folha/UOL em 16/06/2010 e declarou sua opinião sobre:
Aborto
”Sou contra e defendo um plebiscito.”
Adoção por casais homossexuais
”Não tenho uma opinião formada sobre a adoção de crianças por homossexuais […] Minha tendência é sempre ficar do lado da criança.”
União civil de homossexuais
”Sou contra o casamento gay. Mas defendo os direitos civis.”
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Ao ser sabatinada no Painel RBS, em Porto Alegre, em 18/05/2010, a então pré-candidata do Partido Verde à Presidência, senadora Marina Silva, declarou:
Aborto
“Diria que esse assunto não é de fácil solução. Não existe informação suficiente para um tema complexo que envolve aspectos religiosos, filosóficos, éticos e morais. Se temos convergência de que falta o debate, vamos fazer o debate. O que defendo? Um plebiscito.”
Leia também o post de Marina sobre aborto em seu blog Versões & Fatos