Trabalho não remunerado dificulta aposentadoria digna para mulheres

29 de janeiro, 2024 Gênero e Número Por Schirlei Alves e Diego Nunes da Rocha

Mulheres são maioria entre aposentados por idade e beneficiários do BPC; mulheres negras são 2 em cada 3 pessoas que não trabalham porque precisam cuidar de pessoas ou da casa

O trabalho não remunerado com afazeres domésticos e cuidado de pessoas ao longo da vida tem impacto na renda e na dignidade das mulheres brasileiras quando elas chegam à velhice. Principais responsáveis por essas tarefas, elas são maioria entre brasileiros que se aposentam por idade e entre quem recebe o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Levantamento feito pela Gênero e Número com base nos dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) mostra que duas em cada três pessoas que se aposentaram por idade são mulheres, enquanto duas em cada três que recebem aposentadoria por tempo de contribuição são homens. Entre idosos que recebem BPC, três em cada cinco são mulheres. Os dados correspondem a novembro de 2023.

Para ter acesso ao BPC não é necessário ter contribuído para a previdência, mas é preciso ter 65 anos ou mais e renda familiar de até ¼ do salário mínimo por pessoa. Pessoas com deficiência também podem acessar o benefício, que equivale a um salário mínimo – hoje na casa dos R$1,4 mil.

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