A política de flexibilização do acesso a armas de fogo ao invés de proteger as mulheres, as vulnerabiliza ainda mais
(El País | 21/01/2021 | Por Carolina Ricardo, diretora-executiva do Instituto Sou da Paz)
Mulheres em situação de violência doméstica encontram-se, via de regra, em extrema vulnerabilidade, muitas vezes em situação de dependência econômica, apreensivas por seus filhos ou entes queridos, com baixa autoestima e com muito medo do agressor. No entanto, há quem diga que a presença de uma arma de fogo nessa situação seria capaz de oferecer capacidade de defesa a essas mulheres. É muito comum ver defensores de armas usarem casos de mulheres mortas com facas ou outras formas por seus companheiros ou ex-companheiros para fortalecer o argumento de que se as vítimas estivessem armadas nas situações em que foram mortas, teriam conseguido se defender.