Coletivo Madalena Anastácia transforma a realidade de participantes por meio de teatro, música e rodas de conversa
“Tenho 30 anos de casada e só agora percebi que, se meu marido gritar comigo, é violência”. O relato é de uma moradora da Baixada Fluminense que participou das oficinas do Coletivo Madalena Anastácia. Há sete anos, o grupo formado por atrizes e educadoras negras utiliza a arte para discutir raça e gênero.
— É um teatro “artivista”. Não é só ativista, mas também é artístico porque usa a arte como estratégia de transformação da realidade — explica a atriz Rachel Nascimento, uma das coringas (diretoras) do coletivo, juntamente com Eloanah Gentil.
Teatro, música, qualquer expressão artística pode ser criada a partir do encontro dessas mulheres que imprimem suas vivências na produção. Dados sobre violência doméstica, assédio, letras de música machistas, tudo isso serve de material para transformar a realidade a partir da arte. Exemplos disso são peças, performances e três clipes criados por elas em laboratório criativo com outras mulheres.