Em comunicado, Sundar Pichai rebate acusações do ‘NYT’ de proteção a executivos
(O Globo, 26/10/2018 – acesse no site de origem)
O Google informou nesta quinta-feira que demitiu 48 funcionários nos últimos dois anos, incluindo 13 executivos, por acusações de assédio sexual. A empresa garantiu que tem adotado “uma linha cada vez mais rígida” contra esse tipo de conduta.
O diretor executivo da companhia, Sundar Pichai, incluiu essa informação em um documento interno aos funcionários, obtido pela AFP, e elaborado em resposta ao “New York Times” que havia informado que o criador do Android, Andy Rubin, recebeu uma indenização de US$ 90 milhões ao deixar a empresa após acusações de comportamento inadequado.
Em seu comunicado, Pichai assegurou que nenhum dos funcionários demitidos por esta causa receberam “presentes de saída”, em referência à indenização. “Nos últimos anos, fizemos uma série de mudanças, inclusive adotamos uma linha mais dura sobre o comportamento inadequado de pessoas em posições de autoridade”, afirmou Pichai.
Ele acrescentou que o artigo do “NYT” era “difícil de ler”, mas não abordou diretamente as afirmações.
“Levamos muito a sério o fato de garantirmos um local de trabalho seguro e inclusivo”, disse. “Queremos garantir a todos que estudamos todas as reclamações sobre assédio sexual ou comportamento inadequado, investigamos e tomamos medidas”.
Citando documentos e entrevistas, o “New York Times” informou que Rubin foi um dos três principais executivos que o Google protegeu na última década, após denúncias de comportamento sexual inadequado.
Dois funcionários do Google, citados anonimamente, asseguram no artigo que o então diretor executivo Larry Page solicitou a renúncia de Rubin quando a empresa confirmou a queixa de uma mulher.
Sam Singer, porta-voz de Rubin, rejeitou as acusações em um comunicado à AFP, alegando que o criador do Android deixou o Google por iniciativa própria para lançar a incubadora de tecnologias Playground.