Entre pessoas com deficiência, agressões físicas, psicológicas e sexuais são as violências mais frequentes
Em 2021, 12.202 casos de violência contra pessoas com deficiência (PcD) foram registrados, de acordo com os dados do Atlas da Violência de 2023, divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública nesta terça-feira (5).
A pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que, nesse grupo, mulheres são as mais agredidas, assim como as pessoas com transtorno mental.
As violências mais frequentes enfrentadas pelo grupo são física (40,4%), psicológica (23,0%) e sexual (16,3%).
Quase 70% das vítimas com deficiência são mulheres, e cerca de 20% têm entre 10 e 19 anos. Os números mostram que taxas mais elevadas de notificação de violência contra PcD são observadas principalmente no grupo de indivíduos com deficiência intelectual, que registram quase 28 notificações para cada 10 mil pessoas com deficiência.
A taxa de notificação por violência é de 45,0 em PcD intelectual em mulheres, contra 16,2 entre homens. A discrepância pode ser explicada pela maior probabilidade de notificação de violência sexual.
A pesquisa ainda reforça que um em cada três pessoas com deficiência intelectual sofre abuso sexual na idade adulta.