(Cidade Verde, 14/06/2016) A Polícia Civil investiga mais um suposto crime de estupro coletivo. Desta vez, na cidade de Sigefredo Pacheco, a 160 km de Teresina. Sobre os recentes casos de violência sexual contra mulheres no Estado, a delegada Eugênia Villa, diretora de Gestão Interna da Secretaria da Segurança Pública do Piauí, acredita que os registros cresceram porque as mulheres estão denunciando os agressores.
Além do caso de Sigefredo Pacheco, foram noticiados casos de estupro coletivo em Castelo do Piauí, Bom Jesus e Pajeú do Piauí.
“Nos outros três casos anteriores, os suspeitos foram presos. A polícia tem dado resposta imediata e esses resultados positivos tem encorajado as mulheres vítimas a denunciarem. É preciso que as mulheres procurem os órgãos de segurança pública”, reitera.
Eugênia Villa destaca que estupro é crime e não pode ser tratado como algo normal ou parte da cultura de um povo.
“Cultura é algo bom…são os nossos artistas como a Maria da Inglaterra, nossa bebida a Cajuína…Não temos que ver o estupro como cultura, mas como um crime hediondo e que deve ser combatido”, reitera a delegada.
O caso de Sigefredo Pacheco está sendo investigado pelo delegado Laércio Evangelista, mas uma delegada também acompanhará a investigação.
Eugênia Villa adianta que a Secretaria de Segurança vai desenvolver uma campanha no mês de julho para alertar as mulheres sobre os riscos do Boa Noite Cinderela, conhecida como a droga do estupro. No caso do estupro coletivo em Pajeú do Piauí, a suspeita é que os acusados tenham feito uso da substância para violentar a vítima.
“É importante que as mulheres não aceitem nenhuma bebida, seja água ou refrigerante, pois essa substância não tem cor e nem odor. As vítimas só percebem que caíram no golpe quando acordam no dia seguinte desnudada, sem saber o que ocorreu”, reitera.
Graciane Sousa
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