Foram capacitadas mais de 180 mulheres
(Seppir, 01/09/2016 – acesse no site de origem)
A Secretária Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial do Ministério da Justiça e Cidadania, Luislinda Valois, recebeu nesta quinta-feira (1/9) a Diretora Executiva do Instituto de Desenvolvimento Sustentável do Baixo Sul da Bahia (IDES), Liliana de Mello Leite, que esteve na SEPPIR para apresentar os resultados do “Projeto Inclusão Digital e Cidadania para Mulheres Quilombolas” do Baixo Sul da Bahia. O projeto, que foi realizado em parceria com a SEPPIR por meio de chamada pública, tem o objetivo de fortalecer a participação da mulher em seu meio social e viabilizar sua inclusão no mundo virtual.
O projeto de inclusão digital incluiu as comunidades de Boitaraca, Lagoa Santa, Orobó e Quitungo e capacitou 181 mulheres. A iniciativa contemplou aulas com metodologia adequada à realidade local e à identidade cultural da mulher quilombola, e “encontros de cidadania”, ocasião em que as mulheres compartilharam com a comunidade o seu aprendizado e participaram de palestras sobre temas relacionados ao mundo do trabalho, direitos, legislação, saúde, educação e participação nas políticas públicas.
Para a Secretária Luislinda, a inclusão digital é muito importante, pois promove a integração e a ativação econômica, fortalecendo as mulheres quilombolas e as comunidades locais. “A inclusão digital não só ajuda as pessoas a se comunicarem, como também permite o acesso ao conhecimento. Vamos promover a inclusão digital em todo o país”, afirmou a Secretária da SEPPIR. Segundo a Diretora do IDES, o projeto superou as expectativas, atendendo um público maior que o previsto, formado por agricultoras familiares, marisqueiras, catadeiras de piaçava e artesãs. Na opinião de Liliana Leite, um dos pontos altos foi a sinergia entre os quilombos e o espírito participativo das comunidades na prática da governança local.
Durante a reunião, a Diretora do IDES também apresentou à Secretária Luislinda Valois o projeto de “Recuperação da Fortaleza do Morro de São Paulo”. A ideia, segundo Liliana Leite, é identificar novas possibilidades de parceria com a SEPPIR, principalmente no que diz respeito a projetos voltados às comunidades quilombolas da região. Para a Secretária Luislinda Valois, iniciativas como a que está sendo realizada em Morro de São Paulo contribuem para a inclusão e valorização das comunidades quilombolas, um dos temas prioritários da SEPPIR. A Secretária também destacou, durante a reunião, a atuação prioritária da SEPPIR junto aos jovens, índios, mulheres negras e mulheres encarceradas.
A recuperação da Fortaleza do Morro de São Paulo conta com investimento do BNDES e parcerias com o Ministério da Cultura, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Secretaria de Patrimônio da União (SPU), Secretaria de Turismo do Estado da Bahia (SETUR) e prefeitura de Cairu. Já foram recuperados 670 metros de muralha e estão em fase de recuperação o Portaló, o Corpo da Guarda e o Forte da Ponta, que servirá de palco para as manifestações culturais da região, com destaque para a cultura quilombola. Também estão previstos no local um Centro de Memória Viva, exposições artísticas e comércio da produção das comunidades locais, para fortalecer o turismo, o trabalho e a economia da região.