Foram registrados 26.105 boletins de ocorrência de janeiro a outubro de 2019, o que representa aumento de 12% em relação ao mesmo período de 2018.
(G1, 09/01/2020 – acesse no site de origem)
Os casos de lesão corporal por violência doméstica registrados no estado de São Paulo entre janeiro e outubro de 2019 apontam o quarto aumento anual seguido para o período. Foram 26.105 boletins de ocorrência contabilizados ante 23.226 no mesmo período de 2018, o que representa aumento de 12%.
Os dados da Secretaria Estadual da Segurança Pública foram obtidos pela GloboNews por meio da Lei de Acesso à Informação.
Este é o quarto aumento anual dos casos de lesão corporal por violência doméstica para o período (veja no quadro abaixo).
A legislação brasileira define a relação familiar como o critério para um caso de lesão corporal ser classificado ou não como decorrente de violência doméstica. Se uma mulher é agredida na rua, por exemplo, pelo marido, o namorado ou o ex-companheiro, é vítima desse delito.
Feminicídios
Nesta segunda-feira (6), o G1 e a GloboNews revelaram que os casos de feminicídio bateram recorde no estado de São Paulo em 2019. Foram 154 casos entre janeiro a novembro de 2019, o que já superam todos as 134 ocorrências ao longo de 2018.
De acordo com os boletins de ocorrência de 2019, 79% têm autoria conhecida e 68% ocorreram em casa. Média de idade da vítima é de 36 anos.
O que diz a Secretaria de Segurança Pública
“A atual gestão tem intensificado o combate à violência contra a mulher em todas as suas vertentes. Para combater esse crime, o Estado ampliou de uma para 10 delegacias da mulher 24 horas, lançou o aplicativo SOS Mulher, que prioriza o atendimento às pessoas com medidas protetivas e tem realizado campanhas para incentivar o registro dessas ocorrências, a fim de que os autores desses crimes sejam identificados e responsabilizados. Para fazer a denúncia, a vítima pode comparecer em qualquer unidade policial do Estado – os policiais adotam o Protocolo Único de Atendimento, que estabelece padrão para o acolhimento das vítimas.”
Por Léo Arcoverde e Isabela Leite, GloboNews — São Paulo