De um lado a violência doméstica, do outro a ameaça de tirar a guarda dos filhos. Especialistas e vítimas falam das Leis e de como elas têm sido aplicadas
(Papo de Mãe | 05/02/2021 | Por Roberta Manreza)
“Eu só estou viva por causa da Lei Maria da Penha e por ter recebido medidas protetivas contra o meu ex-marido que já não existem mais. Ninguém me ouve e ele vai fazer. Só vão me ouvir quando ele vir aqui e matar a gente. Quando virarmos notícia”, esse é o desabafo angustiado de *Joana (nome fictício).
Esta reportagem especial traz a história de *Joana, vítima de violência doméstica, uma das partes da audiência do juiz que desdenhou da Lei Maria da Penha: “Se ele quebrou o meu nariz e abusava de mim sexualmente, o que ele pode fazer com as minhas filhas?Não sei se um juiz vai tirar a guarda das minhas filhas e dar para o pai alegando questou praticando alienação parental”, pergunta *Joana.
Tem ainda o relato de Roberto Portela, que por causa de alienação parental foi afastado do filho há 18 anos: “Depois que o Caio nasceu, eu nunca mais dormi sem pensar no Caio e nunca mais acordei sem pensar no Caio. Ele estando comigo ou não, é um pensamento constante. Esse é um motivo de muita dor, não de revolta, de muita dor”, lamenta Roberto.