Você é uma jornalista que sofreu violência online? Você foi vítima de abuso e assédio sexual nas mídias sociais, alvo de ataques de segurança digital que violam a sua privacidade, ou mesmo ameaçada de estupro ou assassinato online? Você já testemunhou tal violência online contra uma jornalista mulher? Ou você é responsável por gerir mulheres que são jornalistas? Se você respondeu sim a qualquer uma destas perguntas, precisamos da sua ajuda para que possamos ajudá-la.
(Unesco, 24/09/2020 – acesse no site de origem)
Hoje, a Organização Educacional Científica e Cultural das Nações Unidas (UNESCO) e o Centro Internacional de Jornalistas (ICFJ) lançam uma pesquisa global para avaliar a escala da violência online dirigida às mulheres jornalistas em todo o mundo, e para ajudar a identificar soluções para este problema nocivo.
Clique aqui para participar de nossa pesquisa global
A violência online – que inclui ameaças de agressão sexual e assassinato, assédio, abuso, violação da privacidade e ataques à segurança digital – está ferindo as mulheres jornalistas, afetando as suas reportagens e, em alguns casos, forçando-as a sair da profissão por completo. O risco de violência online que possui efeitos colaterais offline também é significativo, e há evidências crescentes conectando ataques online com violência offline contra mulheres jornalistas.
Há provas crescentes que sugerem níveis crescentes de violência online contra mulheres jornalistas em meio à pandemia COVID-19 e ao aumento das tensões raciais em todo o mundo.
A nossa pesquisa – oferecida em cinco idiomas (inglês, francês, árabe, espanhol e português) – é um elemento-chave de um estudo da UNESCO implementado em parceria com o ICFJ, que está examinando esta grande ameaça à liberdade de imprensa e à segurança do jornalismo em 15 países. Com a sua ajuda, onosso consórcio internacional de pesquisadores, liderado pela Diretora Global de Pesquisa do ICFJ, Dra. Julie Posetti, tem como objetivo:
- Mapear a escala e a amplitude do problema internacionalmente – especialmente no Sul Global que não se encontra estudado.
- Estabelecer como os padrões de violência online contra mulheres jornalistas variam em todo o mundo.
- Examinar como as mulheres jornalistas vivenciam a violência online de uma forma intersetorial. Por exemplo, os impactos são mais sérios quando vêm de um grupo racial específico, ou se identificam como LGBTQI?
- Avaliar a eficácia das tentativas de enfrentar a crise.
- Fazer recomendações para a ONU, governos, indústria, organizações da sociedade civil e empresas de tecnologia para formas mais eficazes de combater o problema.
Em 2017, a Assembleia Geral da ONU condenou inequivocamente todos os “ataques específicos a mulheres jornalistas no exercício de seu trabalho, incluindo discriminação e violência sexual e de gênero, intimidação e assédio, online e offline”. Embora a conscientização do problema e os esforços para enfrentá-lo tenham aumentado desde então, permanecem grandes lacunas no entendimento de como combater a violência online – especialmente no Sul Global; no contexto de campanhas orquestradas de desinformação; e na interseção da misoginia, do racismo e do fanatismo.
Nossa pesquisa é necessária urgentemente para garantir que as mulheres jornalistas não sejam amordaçadas e que elas estejam seguras para fazer seu trabalho online. As informações que recolheremos de vocês serão fundamentais para nos ajudar a identificar impactos globais, intervenções e possíveis soluções.
Para consultas, favor entrar em contato:
- ICFJ: Dra. Julie Posetti ([email protected]) ou Fatima Bahja ([email protected])
- UNESCO: Saorla McCabe ([email protected]) ou Theresa Chorbacher ([email protected])