Em 70% das ocorrências de violência sexual no Brasil em 2019, vítimas eram crianças ou pessoas incapazes de consentir ou resistir – como na acusação contra Robinho na Itália
(Piauí | 22/10/2020 | Por Samira Bueno)
Um estupro a cada oito minutos. É assim que o anuário divulgado esta semana pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública apresenta os números da violência sexual no país em 2019, quando foram registrados 66.123 boletins de ocorrência de estupro e estupro de vulnerável. Em 2015 era um estupro a cada 11 minutos – o que evidencia o agravamento do problema.
Para que o leitor compreenda o que esses números representam, basta pensar na metáfora da “ponta do iceberg”. O grande bloco de gelo que flutua no oceano em geral tem apenas 10% de sua formação visível na superfície. A maior parte da massa de gelo fica submersa, invisível aos olhos de quem vê. Com os estupros também é assim. Estima-se que apenas 10% dos casos cheguem até as autoridades policiais, sendo um dos crimes com maior índice de subnotificação. Medo de retaliação por parte do agressor – geralmente um conhecido -, vergonha do julgamento a que será exposta após a denúncia e descrédito nas instituições de justiça e segurança pública são alguns dos motivos que inibem a busca por justiça.
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