Rotina de assédio na rua e no transporte público abala mulheres

29 de outubro, 2021

Pesquisa aponta que elas são o grupo mais vulnerável em deslocamentos pelas cidades. Maioria muda caminhos em vez de fazer denúncia formal

(Metrópoles | 29/10/2021 / Por Mariah Aquino)

Entre os desafios da mobilidade urbana, está garantir a segurança dos cidadãos. Pesquisa dos Institutos Locomotiva e Patrícia Galvão, com apoio da ONU Mulheres e da Uber, mostra que as mulheres são percebidas como o grupo mais vulnerável em deslocamentos pela cidade. Em seguida, estão homossexuais e trans.

“[Esses dados] confirmam a noção empírica que já tínhamos de que as mulheres não apenas se sentem mais inseguras como também são de fato mais vulneráveis a sofrer violências no deslocamento urbano”, explica Jacira Melo, diretora executiva do Instituto Patrícia Galvão.

Nos transportes públicos, o maior medo das mulheres é sofrer preconceito/discriminação (40%) ou receber olhares insistentes e cantadas inconvenientes (39%). Ser atropelada ou sofrer acidente de trânsito é o medo menos apontado entre elas – e mesmo assim o percentual é alto (30%).

Em deslocamentos a pé, o temor mais frequente relatado por mulheres negras é de sofrer racismo (43%). Cerca de 67% desse público já passou por situações de racismo enquanto caminhavam. A pesquisa foi feita com 2.017 maiores de 18 anos de todo o país.

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