(Marie Claire, 10/07/2014) Nos Estados Unidos, cada vez mais cresce o número de vítimas de abuso sexual que abrem mão do direito à privacidade para falarem sobre o crime publicamente. O caso mais recente foi de uma adolescente chamada Jada, de 16 anos, que deu entrevista a um canal de TV local.
A adolescente foi estuprada quando estava em uma festa na cidade de Houston, no Texas, depois que um colega de escola lhe oferecera uma bebida. Após beber, ela disse que perdeu a capacidade de se defender. Jada fora drogada.
A americana contou que a investigação sobre o crime somente começou depois que fotos do dia do crime, em que aparece desmaiada e nua, começaram a circular pelas redes sociais. Este foi um dos motivos que a levaram a falar sobre o assunto, já que seu direito à privacidade já não existia mais.
“Não há razão para me esconder. Todos já viram meu rosto e meu corpo, mas isso não é o que sou, nem quem sou”, disse.
Antes dela, outra jovem falou à rede de televisão CNN como sobreviveu a um estupro na escola onde estudava. Daisy Coleman, 16, deu a entrevista depois que o acusado pelo crime não foi indiciado pela polícia local.
Segundo a revista “New York Magazine”, as redes sociais estão mudando a forma como o abuso sexual é noticiado pela mídia. Antes, a polícia e a imprensa preservavam o nome das vítimas, porém, com o compartilhamento de fotos que as mostram em situação vulnerável, as mulheres querem falar e denunciar o crime pelos jornais, especialmente quando as investigações sobre os casos falham.
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