(Agência Patrícia Galvão, 09/12/2015) O Instituto Avon e o Data Popular divulgaram durante o Fórum Fale Sem Medo a pesquisa “Violência contra a mulher no ambiente universitário”, que analisa a percepção e comportamento dos jovens diante do tema.
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O levantamento ouviu 1.823 universitários das cinco regiões do país, sendo 60% mulheres e 40% homens. Entre as entrevistadas, 67% já sofreram algum tipo de violência (sexual, psicológica, moral ou física) no ambiente universitário. Destas, 56% já sofreram assédio sexual e 28% já sofreram violência sexual (estupro, tentativa de abuso enquanto sob efeito de álcool, ser tocada sem consentimento, ser forçada a beijar veterano).
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Entretanto, entre os homens ainda não consenso sobre diversas práticas violentas. Para 27% não configura violência abusar de uma garota se ela estiver alcoolizada, outros 35% também não reconhecem que existe violência no ato de coagir uma mulher a participar de atividades degradantes e 31% não veem problema em repassar fotos ou vídeos das colegas sem autorização. Para os universitários, essas ações são consequências naturais do comportamento da mulher ou brincadeiras sem intenção de ofender ou intimidar.
Para reverter o cenário de violência, tanto mulheres (95%) quanto homens (88%) acreditam que a faculdade deveria criar meios de punir os responsáveis por cometer violência contra mulheres na instituição. Também há concordância sobre incluir o tema violência contra a mulher na grade curricular, medida apoiada por 78% das entrevistadas e 64% dos entrevistados.