R$ 13 milhões é o total de recursos destinados pelo governo Jair Bolsonaro (PL) ao enfrentamento da violência contra a mulher no plano orçamentário para 2023. Além de representar um corte de 70% em relação ao ano anterior, todo o dinheiro será alocado em um único projeto, a Casa da Mulher Brasileira. Isso significa que não há verba prevista para outros programas de combate à violência de gênero, nem os que estão em andamento, nem novos projetos. O rombo orçamentário deixado pela atual gestão será um desafio a ser enfrentado pelo governo de transição, principalmente no que diz respeito a políticas públicas sociais —a área foi assumida pela senadora Simone Tebet (MDB-MS) na terça-feira (8). Universa procurou Tebet para saber se já há um plano para resolver a falta de dinheiro na área, mas a senadora ainda está se inteirando do cenário e analisando onde será necessário agir.
Segundo dados do Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos), que analisou o PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual) 2023, essa é a menor proposta orçamentária desde que foi criada a Secretaria de Políticas para Mulheres, em 2012, no governo Dilma Rousseff. O órgão reforça que não há nenhum recurso destinado à ação “218B”, que trata de políticas de igualdade e enfrentamento à violência contra as mulheres.