Ao longo de 132 anos, homens brancos foram protagonistas do debate constitucional no Brasil
Desde a sua criação, há 132 anos, o STF (Supremo Tribunal Federal) foi uma corte majoritariamente branca e masculina. Até o ano 2000, nenhuma mulher havia ocupado jamais uma cadeira no tribunal. Entre 170 ministros que já atuaram no órgão, somente três eram negros – todos homens.
Em 2023, duas cadeiras ficam disponíveis na corte para novas indicações pelo atual presidente Lula: a do ministro Ricardo Lewandowski, que se aposentou na última terça (11 de abril), e a de Rosa Weber, que deve fazer o mesmo no próximo mês de outubro.
Lula tem, este ano, a oportunidade histórica de nomear, pela primeira vez, uma mulher negra como ministra do STF. Seria o primeiro passo para corrigir a distorção criada pelo racismo e pelo machismo na mais alta corte do Brasil. O maior grupo demográfico do país – mulheres negras – nunca foi representado no debate constitucional.
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