ʽNão somos mercadoriaʼ: brasileiras rebatem estigma sexual em Portugal

20 de maio, 2024 O Globo Por Gian Amato

Relatório sobre Migrações Mundiais 2024 da ONU comprovou persistência do estereótipo: “estigmatizando como prostitutas e levando a riscos de assédio sexual e violência de gênero”

Brasileiras em Portugal rebatem a discriminação pelo estigma sexual que persiste no país, segundo comprovou o Relatório sobre Migrações Mundiais 2024 da ONU.

“Os estereótipos da hipersexualidade das mulheres nos países de destino também afetaram as mulheres migrantes, como as venezuelanas no Peru e as brasileiras em Portugal, estigmatizando-as como prostitutas e levando a riscos acrescidos de sofrerem assédio sexual e violência de gênero”, alertou o documento da ONU.

Organizadora da coletânea de textos “Volta para a tua terra”, a pesquisadora e escritora Manuella Bezerra de Melo pede atenção ao alerta da ONU e faz questão de deixar claro.

— Não somos mercadoria — disse ela, explicando a origem do estereótipo:

— Mas somos mercadorizadas, tratadas como produto de mercado desde o projeto colonial até hoje, onde ainda seguimos sendo mulheres da periferia do sistema.

Uma das maneiras de erradicar o estigma, segundo Melo, é a reparação histórica dos crimes coloniais. O tema virou debate em Portugal, mas está distante de acontecer.

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