Reportagem do The New York Times reproduzida pela Folha de S.Paulo mostra os obstáculos enfrentados por muitas mulheres empreendedoras quando decidem levar adiante seus projetos.
Não bastam um ótimo currículo, experiência e competência. De um potencial investidor, que procurou quando estava levantando capital para fundar sua empresa de software, a engenheira Candace Fleming ouviu que não tinha importância ela não ter um cartão de visitas, porque este diria só uma única coisa: “Mãe”. Segundo a reportagem, outro patrocinador procurado a convidou para um fim de semana num iate e mostrou uma foto dele nu no barco.
Candace diz que nenhuma das 30 firmas de investimentos que ela procurou financiou sua empresa. Ela só conseguiu levantar o capital de que necessitava quando procurou a Golden Seeds, um fundo que prioriza investimentos em empresas criadas por mulheres.
As comunidades tecnológicas no Vale do Silício orgulham-se de operarem com base na meritocracia e que estão prontas para apoiar quem tiver uma boa ideia, sem olhar para “detalhes” como educação, idade ou situação de vida. Mas a reportagem mostra que, para as mulheres, as coisas não costumam funcionar assim. E a realidade se mostra ainda mais complexa quando entra o fator raça. Segundo a reportagem, ainda são baixos os percentuais de trabalhadores do setor da tecnologia da informação que são negros, asiáticos ou hispânicos, e esse número é ainda menor para as mulheres, embora as pesquisas apontem que investir em mulheres como empreendedoras tecnológicas dê bons resultados.
Leia a matéria na íntegra em pdf: Deixadas de lado no Vale do Silício (Folha de S.Paulo – 26/04/2010)