(Universa | 13/05/2021 | Por Mariana Gonzalez)
O projeto de lei que pretende proibir a representação de pessoas LGBTQIA+ (Lésbicas, gays, bissexuais, trans e travestis, queers, intersexuais, assexuais e demais existências de gêneros e sexualidades) e famílias homoafetivas na publicidade no estado de São Paulo teve forte rejeição na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo), mas está ganhando “clones” em outros estados do país. Propostas semelhantes surgiram recentemente no Ceará, no Espírito Santo e em Pernambuco.
Para a deputada estadual Erica Malunguinho (PSOL-SP), que lidera a oposição a esse projeto de lei em São Paulo, o fato de a proposta estar se espalhando em outros estados mostra uma “perseguição” em relação às pessoas LGBTQIA+. “As pessoas que elaboram este e outros projetos semelhantes olham para pessoas LGBTQIA+ e associam elas a coisas ruins e negativas”, diz ela a Universa.
A deputada diz que seu gabinete está entrando em contato com parlamentares dos estados onde o PL foi replicado.
Essas propostas utilizam expressões como ‘ideologia de gênero’, um conceito pejorativo usado pelo campo ultraconservador contra os avanços nos direitos sexuais e reprodutivos e na igualdade de gênero. Os autores costumam se referir à ‘ideologia de gênero’ como ameaça à sociedade e usam o conceito de ‘família’ para impor uma agenda política.