Medo e informações falsas sobre reações dos imunizantes levam à baixa adesão e preocupam médicos. Números foram calculados por CRESCER a partir de estimativas do Programa Nacional de Imunização e dados do Localiza SUS
(Revista Crescer | 24/06/2021 | Por Mauren Luc| Acesse a matéria completa no site de origem)
No Brasil, 325.344 grávidas tomaram a vacina contra o coronavírus até esta quinta-feira (24), o que representa apenas 10,8% do total de 3 milhões de gestantes previstas no Programa Nacional de Imunização. Destas, 315.642 (10,5%) receberam a primeira dose e 9.702 (3,2%) estão imunizadas também com a segunda dose. Os números foram calculados por CRESCER a partir de estimativas do Programa Nacional de Imunização e dados do Localiza SUS.
Os dados do Ministério da Saúde mostram que ainda são poucas as mães com menos riscos de contrair a covid-19. A baixa adesão das grávidas ou puérperas – que tiveram bebê a menos de 45 dias – preocupa obstetras em todo o país.
“Monitoramos as redes sociais com frequência e nossos associados recebem, diariamente, centenas de mensagens por whatsapp/e-mail. As manifestações de grávidas e puérperas evidenciam pavor e angústia. Fica claro que são alvo de campanha de contrainformação, via fake news, de grupos contrários à imunização”, explica a presidente da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Estado de São Paulo (Sogesp), Rossana Pulcineli.
Além das fake news, que promovem os mais diversos tipos de mentira contra os imunizantes, a suspensão da vacina Astrazeneca para este grupo de mulheres no Brasil aumentou a desconfiança de várias delas, que decidiram não se imunizar.