(Agência Patrícia Galvão, 15/06/2016) O governo do Estado do Mato Grosso do Sul, onde fazendeiros em veículos e armados atacaram uma aldeia indígena da etnia Guarani-Kaiowá na terça-feira (14), divulgou nota em que classifica o ocorrido como “confronto” e centra as apurações necessárias na “violência indígena”.
Há dez anos o povo Guarani-Kaiowá vem sofrendo a violência de fazendeiros que não aceitam os processos de demarcação de terras local. De acordo com o Centro Indigenista Missionário (CIMI), que acompanha os conflitos na região, na terça-feira, após o ataque dos fazendeiros, os indígenas atacaram os policiais que apareceram no local porque “temiam que os policiais chegassem para atacá-los, posto que na região a polícia é associada pelos Guarani e Kaiowá aos fazendeiros”.
Segundo o CIMI, somente no último semestre foram registrados ao menos vinte e cinco casos similares entre os Guarani e Kaiowá no estado. A organização classifica a ação dos fazendeiros como “paramilitar”.
Leia a nota do governo do Estado do Mato Grosso do Sul na íntegra.