(CNN Brasil| 13/05/2021 | Por Gislene Pereira)
Os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais lideram os 1.099 óbitos entre grávidas e puérperas (mulheres no período pós-parto e 45 dias após o nascimento dos bebês) contabilizados no Brasil desde o começo da pandemia. Porém, é em Roraima, no Espírito Santo e no Maranhão que há uma maior porcentagem de mortes em relação ao número total de notificações de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) ligada à Covid-19 nesses grupos, principal causa relacionada aos óbitos.
Em alguns estados, metade dessas mulheres está morrendo sem ter acesso à UTI (47,3% dos casos no Pará, 45,4% no Tocantins, 38,4% no Mato Grosso) ou intubação (53,8% dos casos no Pará, 51,5% no Rio de Janeiro e 47% no Mato Grosso do Sul).
Essas são algumas das informações disponíveis no Observatório Obstétrico Brasileiro Covid-19, um painel dinâmico que utiliza as notificações de casos de gestantes e puérperas com SRAG realizadas no sistema oficial para esse registro, o SIVEP-Gripe. A ferramenta foi criada em abril de 2021 por um grupo de pesquisadores brasileiros para tornar os dados públicos do Ministério da Saúde mais acessíveis à população, aos políticos e aos gestores de saúde pública. (Veja gráfico abaixo),