Dilma ressalta que sem pressão popular não haverá reforma política

17 de abril, 2014

(Brasil Econômico, 17/04/2014) A presidenta Dilma Rousseff pediu ontem uma mobilização popular pela reforma política e comparou a iniciativa ao movimento Diretas Já, que há 30 anos tomou as ruas em defesa das eleições diretas para a Presidência da República. Dilma já havia feito a comparação durante encontro com lideranças juvenis e ontem voltou a dizer que a sociedade precisa se manifestar para pressionar o Congresso Nacional a aprovar novas regras para o sistema político, com participação popular.

Ela reconheceu que a proposta feita pelo governo após as manifestações de junho do ano passado, de realizar um plebiscito sobre a reforma política, foi “um insucesso” no Congresso Nacional, mas avaliou que o debate serviu para ampliar a discussão sobre o tema. “Assim como no caso das Diretas, o sucesso não foi imediato. Uma transformação dessa natureza implica alteração de culturas, práticas, instituições, processos políticos e mecanismos”, disse a presidenta. Ela acrescentou que, para que a transformação se imponha, é preciso que que toda a sociedade se mobilize. “Se quisermos reforma política efetiva, temos que nos engajar nessa proposta”, disse Dilma, em discurso na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, no Palácio do Planalto.

A presidenta ressaltou que o governo não tem a correlação de forças suficiente no Congresso para aprovar as mudanças sem pressão popular. “Para ter essa correlação de forças, a sociedade, em diferentes instâncias, tem que se manifestar. Caso contrário, é ilusório supor que chegaremos à reforma política com consulta popular”, avaliou.

Acesse em pdf: Dilma retoma a defesa da reforma politica

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